Reciclagem de Lixo no Cotidiano

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Introdução
1 Introdução
1.1 Caracterização da situação-problema
A produção de lixo vem aumentando assustadoramente em todo o planeta.
Vivemos em um mundo de desperdícios, onde ao invés de optarmos por opções renováveis, estamos sempre buscando o mais rápido e fácil, independente de suas conseqüências. O modelo atual de consumo é insustentável.
Os Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) se acumulam progressivamente, dificultando sua deposição, causando doenças a quem vive perto dos aterros e contaminando o meio-ambiente. Os hábitos atuais da população, cujo consumo de embalagens descartáveis é constante, e o crescimento populacional são os grandes responsáveis por esse exagerado crescimento.
Como e onde devemos descartar todo esse resíduo?
A forma mais utilizada hoje para descartar esses resíduos é a utilização de aterros sanitários, neles as condições são menos precárias que em vazadouros a céu aberto quando tomados alguns cuidados, como a impermeabilização do solo, compactação dos resíduos, formação de cobertura com terra, tratamento de líquidos e gases e etc. Entretanto, esses aterros estão ficando cada vez mais escassos, devido ao crescimento das regiões urbanas e da necessidade de se estabelecerem afastados da zona residencial.
Qual será então a solução para tudo isso?
A reciclagem mostra-se como uma solução viável do ponto de vista econômico, além de ser ambientalmente correta.
Nesse trabalho explicaremos porque a reciclagem é o meio escolhido para sanar esses problemas e como ela esta fixada no dia-a-dia do brasileiro.

1.2 Fundamentação Teórica
Os números abaixo exemplificam a proporção da conseqüência gerada pelo consumismo abusivo, egoísta e sem planejamento.
· Cada 50 quilos de papel usado transformado em papel novo evita que uma árvore seja cortada.
· Cada 50 quilos de alumínio usado e reciclado evita que sejam extraídos do solo cerca de 5.000 quilos de minério, a bauxita.
· A quantidade de lixo produzida semanalmente por um ser humano é de aproximadamente 5 Kg.
· Só o Brasil produz 240 mil toneladas de lixo por dia.
· Em torno de 88% do lixo doméstico brasileiro vai para o aterro sanitário. A fermentação gera dois produtos: o chorume e o gás metano.
· Apenas 2% do lixo de todo o Brasil é reciclado! Isso acontece porque reciclar é 15 vezes mais caro do que simplesmente jogar o lixo em aterros. A título de comparação, o percentual de lixo urbano reciclado na Europa e nos EUA é de 40%.
· Nas regiões Norte e Nordeste, apenas cerca de 10% de todo o lixo coletado recebe algum tipo de tratamento.
· No Brasil boa parte do RSU coletado é disposto em vazadouros, sem qualquer tipo de tratamento. Nas regiões Norte e Nordeste a parcela do lixo recolhido que é jogada em vazadouros é bem maior - em torno de 90%. Na Região Norte, dentro desses 90%, aproximadamente 23% são jogados em áreas alagadas
· As regiões que mais reciclam são a Sudeste (53,5%) e a Sul (36,6%) – as outras totalizam, juntas, apenas cerca de 10%. Nos índices de reciclagem, o destaque fica com o papel para embalagem que atinge quase 70% de taxa de recuperação (CEMPRE, 2006).
· A produção de lixo “per capita” passou de 1,05 kg/dia para cerca de 2 kg/dia, para os habitantes das grandes cidades.
· Os habitantes das pequenas cidades tiveram um aumento na faixa de 50% sobre o 0,5 kg/dia de 1.989, totalizando 45 milhões de toneladas anuais.
· Segundo o IPT, 35% do lixo são formados por recicláveis.
· O lixo brasileiro é composto, em média, por 65% de restos alimentares, 25% papel, 5% plástico, 2% vidro e 3% metais (IPT, 1998). Toda a parte não reciclável, ou seja, os 65% de material orgânico servem como combustível para incineração.
· No Brasil, a quantidade diária de lixo produzido, em toneladas, é de 228 mil, sendo que 48.321,7 são depositadas em vazadouros a céu aberto, 84.575,5 em aterro controlado, 82.640,3 em aterro sanitário, 6.549,7 em estação de compostagem, 2.265,0 em estação de triagem, apenas 1.031,8 são incineradas e o restante depositado em outros locais (IBGE, 2000).
· No Brasil, o RSU doméstico é composto em cerca de 52,5% de material orgânico, 24,5% de papel e papelão, 2,9% de plástico, 2,3% de metal, 1,6% de vidro e 16,2% de outros materiais (TIVERON, 2001; IPT, 2000 apud POLETTO FILHO,2008).
· De todo lixo do Brasil 76% vai para lixões, 10% aterro sanitário, 13% aterro controlado (sem impermeabilização, sistema de tratamento de lixo e controle de gases), 0,9% vai para Usinas de Compostagem e 0,1% vai para Usinas de Incineração.

O que é lixo?
Lixo é definido como os "restos das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou descartáveis, podendo-se apresentar no estado sólido, semi-sólido ou líquido, desde que não seja passível de tratamento convencional”.
Os resíduos sólidos urbanos (RSU) são aqueles provenientes de residências, estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços a população como o esgoto, podas, etc.
Os resíduos sólidos podem ser classificados em três classes:

a) Classe I ou perigosos:
São aqueles que, em função de suas características tóxicas, apresentam riscos à saúde pública através do aumento da mortalidade ou da morbidade, ou ainda provocam efeitos adversos ao meio ambiente quando manuseados ou dispostos de forma inadequada.

b) Classe II ou não-inertes:
São os resíduos que podem apresentar características de combustibilidade, biodegradabilidade ou solubilidade, com possibilidade de acarretar riscos à saúde ou ao meio ambiente, não se enquadrando nas classificações de resíduos Classe I ou Perigosos.

c) Classe III ou inertes:
São aqueles que, por suas características intrínsecas, não oferecem riscos à saúde e ao meio ambiente.
Devemos ressaltar que dependendo de cada tipo de resíduo existe um tratamento específico para ele. Existem alguns resíduos que não são viáveis economicamente e ambientalmente, já que seu reaproveitamento é caro e acaba poluindo-se mais do que simplesmente sendo descartado. Mas para a grande maioria dos resíduos a reciclagem vem se mostrando como uma solução viável para esse grande problema que é o lixo.
A reciclagem, dentro do conceito de desenvolvimento sustentável definido pela ONU, é uma das melhores alternativas para solucionar todos os problemas causados por esse excesso de resíduos produzidos pelo ser humano. Deve ser utilizada quando o processo for técnica e economicamente viável, além de higienicamente utilizável.
A reciclagem mostra-se como uma solução viável do ponto de vista econômico, além de ser ambientalmente correta. Isso não quer dizer, no entanto, que a poluição do processo de reciclagem seja zero. Ela simplesmente, na ponta do lápis, polui menos.
A expressão vem do inglês recycle (re = repetir, e cycle = ciclo).
A palavra reciclagem difundiu-se na mídia a partir do final da década de 1980, quando foi constatado que as fontes de petróleo e de outras matérias-primas não renováveis estavam se esgotando rapidamente, e que havia falta de espaço para a disposição de lixo e de outros dejetos na natureza.
Quando pensamos em reciclagem associamos a ela algumas palavras-chave, alguns exemplos são os quatro R:
Repensar - como você pode diminuir a quantidade de lixo que você produz;
Reutilizar - o que já foi usado;
Reaproveitar - aproveitar para outra coisa o que já foi reutilizado;
Reciclar - reciclar o que não dá mais para aproveitar, é um conjunto de técnicas que tem por finalidade aproveitar os detritos e reutiliza-los no ciclo de produção de que saíram. E o resultado de uma série de atividades, pela qual materiais que se tornariam lixo, ou estão no lixo, são desviados, coletados, separados e processados para serem usados como matéria-prima na manufatura de novos produtos. Ou seja, transformar objetos e materiais usados (ou lixo material) em novos produtos para o consumo. Em alguns casos, não é possível reciclar indefinidamente o material. Isso acontece, por exemplo, com o papel, que tem algumas de suas propriedades físicas minimizadas a cada processo de reciclagem, devido ao inevitável encurtamento das fibras de celulose.
Esta necessidade foi despertada pelas pessoas comuns e governantes, a partir do momento em que se observaram os benefícios que a reciclagem apresenta para o nosso planeta.
Esta reciclagem que além de preservar o meio ambiente, ajudando a diminuir significativamente a poluição da água, do ar e do solo, minimizando a quantidade de resíduos que necessita de tratamento final, como aterramento, ou incineração, também gera renda pela comercialização do material a ser reciclado. Novos empregos estão sendo gerados nos grandes centros urbanos. Muitas pessoas sem emprego formal (com carteira registrada) estão buscando trabalho neste ramo e conseguindo renda para manterem suas famílias. Os catadores são os maiores responsáveis pelos altos índices de reciclagem de alguns materiais, tais como latas de alumínio (73%) e papelão (71%). Em ambos os casos o Brasil situa-se em posição de destaque no cenário mundial. Tais cooperativas têm se transformado em empreendimentos cada vez mais rentáveis Cooperativas de catadores de papel e alumínio, por exemplo, já são comuns nas grandes cidades do Brasil.
Segundo a CEMPRE, Compromisso Empresarial para Reciclagem, “a reciclagem tem-se mostrado excelente oportunidade de aumento de novos empreendimentos, traduzindo-se em geração de emprego e renda para diversos níveis da pirâmide social. Um aspecto que merece destaque é o fato de o mercado de materiais recicláveis – que conhecemos por lixo – e reciclados estar ao alcance do micro e pequeno empresário.”.
A reciclagem favorece a limpeza da cidade, pois o morador que adquire o hábito de separar o lixo dificilmente o joga nas vias públicas, da oportunidade aos cidadãos de preservarem a natureza de uma forma concreta. Assim, as pessoas se sentem mais responsáveis pelo lixo que geram.
Qual a melhor forma de introduzi-la no cotidiano dos cidadãos brasileiros?
É muito comum nos grandes condomínios residenciais a reciclagem do lixo. Atividades como campanhas de coleta seletiva de lixo e reciclagem de alumínio, plástico e papel, já são corriqueiros em várias cidades do mundo. Em regiões de zona rural a reciclagem também está acontecendo. O lixo orgânico (sobras de vegetais, frutas, grãos e legumes) é utilizado na produção de adubo orgânico para ser usado na agricultura com o método da compostagem que é um processo natural, que consiste em processar materiais orgânicos, ricos em nutrientes, que ao serem decompostos por microorganismos aeróbios e anaeróbios são utilizados como adubo. Uma das vantagens da compostagem é o fato do adubo produzido prevenir o solo contra erosões, além de aumentar sua umidade, controlar seu pH (impedindo a alcalinização ou acidificação do solo) e fornecer importantes nutrientes ao mesmo. Mas esse tipo de descarte de resíduos só serve para materiais orgânicos, pois outros tipos de materiais podem ser prejudiciais ao solo (tornando-o poluído).
Muitos governos e ONGs (Organizações Não Governamentais) estão cobrando das indústrias atitudes responsáveis. Muitas empresas estão reciclando materiais como uma maneira de diminuir os custos de produção de seus produtos. Neste sentido, o desenvolvimento econômico deve estar aliado à preservação do meio ambiente. Segundo os especialistas, até 90% de todos os materiais usados pela indústria podem ser reciclados. As exceções existem porque alguns produtos não compensam ou financeiramente ou ambientalmente. Fraldas descartáveis, por exemplo, causam mais poluição quando são recicladas do que quando são produzidas.
Acreditamos, porém, que para agirem, as pessoas devem primeiramente se conscientizar, dessa forma estarão mais motivadas para a pratica da reciclagem, prática essa que necessita de alguns cuidados, que serão apresentados no decorrer do trabalho. A melhor forma de desenvolvermos essa conscientização é a educação. Através dela conseguimos também mostrar como deve ser feita essa reciclagem.
Várias campanhas de educação ambiental têm despertado as atenções para o problema do lixo nos grandes centros urbanos. Nas escolas, muitos alunos são orientados pelos educadores a separarem o lixo em suas casas.
É difícil encontrar alguém hoje que ignore os benefícios da reciclagem para a preservação do planeta. O que poucos parecem saber, no entanto, é que se o lixo não for separado na fonte (ou seja, em casa) e levado separado até a hora de reciclar, os benefícios na prática podem se perder. “Quando o resíduo é separado e isolado, a contaminação é reduzida e isso torna tudo mais fácil na hora de reciclar. É por isso que na reciclagem o resíduo de mais valor é o industrial, que é separado com rigor”, explicou ao G1 o engenheiro ambiental Sandro Donnini Mancini, da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Se o lixo não é separado adequadamente, a contaminação dificulta a reciclagem e pode deixar ela cara demais ou poluente demais. Papéis sujos, por exemplo, precisam de muito alvejante para ficarem brancos. Alvejante que é um poluente. Dependendo do estado do material original, reciclar pode fazer mais mal do que bem.
O engenheiro recomenda que todas as cidades procurem ter coleta seletiva de lixo para reciclagem obrigatória. Mas entende porque isso não é uma prioridade em muitos municípios. “O Brasil é um país cheio de problemas sociais, então é justificável que os prefeitos prefiram se concentrar em outros problemas, como saúde e educação”, afirma. “Mas é preciso tomar consciência também que o lixo é um problema sério, que também afeta a saúde. Reciclar faz bem para o meio ambiente e para a saúde da população”.
“É preciso mudar o discurso”. Em vez de “separe o lixo”, nós deveríamos pensar “não misture o lixo”.
O primeiro passo para a realização da reciclagem é a coleta seletiva, Segundo Montanari (2007). Para ela, é um serviço que permite que os resíduos possam ser reaproveitados, facilitando o processo de reciclagem e reduzindo a quantidade de Resíduos Sólidos Domiciliares depositados em aterros e vazadouros, evitando o contato com o meio-ambiente e o homem. O sistema pode ser implantado em bairros residenciais, escolas, escritórios, centros comerciais ou outros locais que facilitem a coleta de materiais recicláveis.
Cada município deve realizar a maneira mais adequada de coleta seletiva dos RSD (resíduos sólidos domésticos), caso seja possível, associado à reciclagem, obtendo assim os resultados esperados. Existem meios padronizados de se realizar a coleta, os quatro principais são: porta-a-porta, em postos de entrega voluntária, em postos de troca e por catadores. A coleta seletiva em PEV – Postos de Entrega Voluntária – utiliza normalmente containeres ou pequenos depósitos, localizados em pontos fixos, onde os recicláveis são depositados espontaneamente (SILVA, 2001).
A maioria dos grandes centros urbanos conta atualmente com um sistema de coleta seletiva, mas dificilmente sua circulação é maior que semanal. Por isso, é importante que guardemos o lixo de forma eficiente, até o dia da coleta ou até levarmos para o local específico para a mesma. Uma forma de facilitar o “estoque” do lixo reciclável é lavá-lo antes de separar para evitar acumulo de insetos e mau-cheiro.
Bauru e região produzem uma elevada quantidade de RSU. De fato, apenas uma pequena parte do lixo coletado, é tratada de maneira adequada. Em Bauru, a coleta seletiva de materiais recicláveis existe desde o ano de 1986, mas passou a ser oficialmente responsabilidade da SEMMA em 05 de Junho de 1992, com o início do programa denominado “Lixo que não é Lixo”, idealizado pela prefeitura municipal.
As cores dos contêineres apropriados para a coleta seletiva de lixo:
· Azul: papel e papelão
· Amarelo: metais
· Vermelho: plásticos
· Verde: vidros
· Preta: madeiras
· Marrom: lixo orgânico
· Laranja: resíduos perigosos
· Branco: lixo hospitalar
· Roxo: lixo radioativo
·Cinza: resíduo geral não reciclável ou misturado, ou contaminado não passível de separação.
Até hoje não se sabe onde e com que critério foi criado o padrão de cores dos contêineres utilizados para a coleta seletiva voluntária em todo o mundo. No entanto, alguns países já reconhecem esse padrão como um parâmetro oficial a ser seguido por qualquer modelo de gestão de programas de coleta seletiva.
Cada material porem tem suas particularidades.

O metal:
O metal pode ser reciclado com um índice de reaproveitamento de aproximadamente 100%. Derretido, ele volta para as linhas de produção das indústrias de embalagens, reduzindo os custos para as empresas. Uma lata de alumínio, por exemplo, pode ser derretida e voltar ao estado em que estava antes de ser beneficiada e ser transformada em lata, podendo novamente voltar a ser uma lata com as mesmas características. Outra vantagem do alumínio é que ele pode ser reciclado continuamente, pois, sua reciclagem não acarreta em nenhuma perda de suas propriedades físicas.
Porém nem todos os Metais podem ser recicláveis, aqui estão alguns exemplos do que pode ou não ser reciclado.

Reciclável:
• Tampinhas de Garrafas
• Latas • Enlatados
• Panelas sem cabo
• Ferragens
• Arames
• Chapas
• Canos
• Pregos
• Cobre

Não Reciclável:
• Clipes
• Grampos
• Esponja de Aço
• Aerossóis
• Latas de Tinta
• Latas de Verniz
• Solventes Químicos
• Inseticida

Os metais são materiais de elevada durabilidade, resistência mecânica e facilidade de conformação, sendo muito utilizados em equipamentos, estruturas e embalagens em geral.
Quanto à sua composição, os metais são classificados em dois grandes grupos: os ferrosos (compostos basicamente de ferro e aço) e os não-ferrosos. Essa divisão justifica-se pela grande predominância do uso dos metais à base de ferro, principalmente o aço.
Entre os metais não-ferrosos, destacam-se o alumínio, o cobre e suas ligas (como latão e o bronze), o chumbo, o níquel e o zinco. Os dois últimos, junto como o cromo e o estanho, são mais empregados na forma de ligas com outros metais, ou como revestimento depositado sobre metais, como, por exemplo, o aço.
A grande vantagem da reciclagem de metais é evitar as despesas da fase de redução do minério a metal. Essa fase envolve um alto consumo de energia, e requer transporte de grandes volumes de minério e instalações caras, destinadas à produção em grande escala.
Embora seja maior o interesse na reciclagem de metais não-ferrosos, devido ao maior valor da sucata, é muito grande a procura pela sucata de ferro e de aço, inclusive pelas usinas siderúrgicas e fundições.
A sucata é matéria-prima das empresas produtoras de aço que não contam com o processo de redução, e que são responsáveis por cerca de 20% da produção nacional de aço. A sucata representa cerca de 40% do total de aço consumido no País, valor próximo aos valores de outros países, como os Estados Unidos, onde atinge 50% do total da produção. Ressalta-se que o Brasil exporta cerca de 40% da sua produção de aço.
É importante, ainda, observar que a sucata pode, sem maiores problemas, ser reciclada mesmo quando enferrujada. Sua reciclagem é também facilitada pela sua simples identificação e separação, principalmente no caso da sucata ferrosa, em que se empregam eletroímãs, devido às suas propriedades magnéticas. Através deste processo é possível retirar até 90% do metal ferroso existente no lixo (IBS, 1994).

A reciclagem do alumínio:
O primeiro passo é a coleta de lixo feito de alumínio a ser reciclado. O material é limpo e transformado em fardos (blocos dos materiais compactados), que são transportados para a usina de reciclagem, então os fardos já na usina de reciclagem são desenfardados e quebrados em pedaços menores. Uma máquina desmancha os pedaços dos fardos transformando-os em pedaços ainda menores (praticamente voltam a ser latas e peças usadas).
Uma triagem novamente é feita, agora com um separador eletromagnético que remove metais ferrosos que possam estar misturados ao alumínio.
Então o material é picotado e novamente a separação eletromagnética é feita e uma peneira vibratória faz a retirada de terra, areia e outros resíduos, depois uns separadores pneumáticos por meio de jatos de ar separam papéis, plásticos e outros materiais do alumínio.
Os pedaços de alumínio são armazenados e colocados em um forno que realiza a retirada de tintas e vernizes que estão nos pedaços de alumínio.
Feito isso o alumínio é levado para um forno de fusão e os pedaços são transformados em metal líquido que é separado em cadinhos (espécie de tigela onde metais fundem).
Por fim o alumínio é transformado em chapas prontas para virarem novos produtos.

O papel:
O acumulo de papel é simples, já que somente podem ser reciclados papéis “limpos”. Isso facilita o seu armazenamento nas casas para a reciclagem.
Hoje, a força que proporciona a reciclagem de papel ainda é econômica, mas o fator ambiental tem servido também como alavanca.

Reciclável:
• Jornais e Revistas
• Listas Telefônicas
• Papel Sulfite/Rascunho
• Papel de Fax
• Folhas de Caderno
• Formulários de Computador
• Caixas em Geral (ondulado)
• Aparas de Papel
• Fotocópias
• Envelopes
• Rascunhos
• Cartazes Velhos

Não Reciclável:
• Etiquetas Adesivas
• Papel Carbono
• Papel Celofane
• Fita Crepe
• Papéis Sanitários
• Papéis Metalizados
• Papéis Parafinados
• Papéis Plastificados
• Guardanapos
• Bitucas de Cigarros
• Fotografia

Bem resumidamente a fabricação do papel consiste em juntar fibras de celulose, misturar outros materiais específicos para a finalidade do papel (Cartolina, papel higiênico, papel para escrita, etc.), colagem do papel (evitar a entrada de água excessivamente), uso de cargas e pigmentos para aumentar a qualidade do papel e coloração.
O papel chamado de reciclado não é nada parecido com aquele que foi beneficiado pela primeira vez. Este novo papel tem cor diferente, textura diferente e gramatura diferente. Isto acontece devido a não possibilidade de retornar o material utilizado ao seu estado original e sim transformá-lo em uma massa que ao final do processo resulta em um novo material de características diferentes.

Reciclagem do papel:
A reciclagem do papel é basicamente igual à fabricação do papel virgem com a introdução da etapa de limpeza (purificação) do material.
As fibras junto com os outros materiais estão diluídas em água para se retirar a água do papel usa-se o método da prensagem e ventilação com ar aquecido.

O plástico:
Os plásticos são divididos em duas categorias importantes: termofixos e termoplásticos.
Os termofixos, que representam cerca de 20% do total consumido no país, são plásticos que, uma vez moldados por um dos processos usuais de transformação, não podem mais sofrer mais novos ciclos de processamento, pois não fundem novamente, o que impede nova moldagem.
Os termoplásticos, mais largamente utilizados, são materiais que podem ser reprocessados várias vezes pelo mesmo ou por outro processo de transformação. Quando submetidos ao aquecimento a temperaturas adequadas, esses plásticos amolecem, fundem e podem ser novamente moldados. Como exemplos, podem ser citados: polietileno de baixa densidade (PEBD); Polietileno de alta densidade (PEAD); poli (cloreto de vinila) (PVC); poliestireno (PS); polipropileno (PP); poli (tereftalato de etileno) (PET); poliamidas (náilon) e muitos outros.
Reciclável:
• Copos
• Garrafas
• Sacos/Sacolas
• Frascos de produtos
• Tampas, Potes
• Canos e Tubos de PVC
• Embalagens Pet

Não Reciclável:
• Cabos de Panelas
• Adesivos
• Espuma
• Acrílico
• Embalagens Metalizadas

Reciclagem do plástico:
O processo tem início com o recebimento da matéria prima, que vêm de associações de catadores, empresas de coleta seletiva ou sucateiros. As empresas normalmente preferem adquirir o material compactado, enfardado e em toneladas.
Em seguida é feita uma triagem do material, onde os plásticos são separados por tipos. Cada tipo pode sofrer uma nova seleção. O PET, por exemplo, separado por cor, alcança um maior valor.
A triagem é importantíssima para começar a revalorizar o material. Então o plástico passa por um moinho de facas, onde é moído.
Ocorre a lavagem e secagem do material. Apenas moídos, os plásticos já podem ser vendidos. Para agregar mais valor, os plásticos podem seguir para um aglutinador, que aquece e resfria o plástico, dando densidade suficiente para entrar na extrusora, que funde, homogeneíza o material e o transforma em tiras, conhecidas como “spaghetti”.
Por fim, o spaghetti resfriado, picotado e ensacado pode ser encaminhado para fábricas de artefatos plásticos.
O plástico reciclado serve para as aplicações mais diversas, podendo ser usado puro, misturado com resina virgem e até com outros materiais.
As aplicações mais comuns são embalagens, utensílios domésticos, tubos de conexão, peças de calçados, sacos plásticos, peças automotivas, componentes para eletrodomésticos, revestimentos e tecidos. Mas existem muitas outras aplicações.
A cada dia são descobertas novas aplicações para os plásticos reciclados.

Pilhas e baterias:
As pilhas e baterias, quando descartadas em lixões ou aterros sanitários, liberam componentes tóxicos que contaminam o solo, os cursos d'água e os lençóis freáticos, afetando a flora e a fauna das regiões circunvizinhas e o homem, pela cadeia alimentar.
Devido a seus componentes tóxicos, as pilhas podem também afetar a qualidade do produto obtido na compostagem de lixo orgânico. Além disso, sua queima em incineradores também não consiste em uma boa prática, pois seus resíduos tóxicos permanecem nas cinzas e parte deles pode volatilizar, contaminando a atmosfera.
Os componentes tóxicos encontrados nas pilhas são: cádmio, chumbo e mercúrio. Todos afetam o sistema nervoso central, o fígado, os rins e os pulmões, pois eles são bioacumulativos. O cádmio é cancerígeno, o chumbo pode provocar anemia, debilidade e paralisia parcial, e o mercúrio pode também ocasionar mutações genéticas.
Considerando os impactos negativos causados ao meio ambiente pelo descarte inadequado das pilhas e baterias usadas e a necessidade de disciplinar o descarte e o gerenciamento ambientalmente adequado (coleta, reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final) de pilhas e baterias usadas, a Resolução n° 257/99 do CONAMA resolve em seu artigo primeiro:
As pilhas e baterias que contenham em suas composições chumbo, cádmio, mercúrio e seus compostos, necessário ao funcionamento de quaisquer tipos de aparelhos, veículos ou sistemas, móveis ou fixos, bem como os produtos eletroeletrônicos que os contenham integrados em sua estrutura de forma não substituível, após seu esgotamento energético, serão entregues pelos usuários aos estabelecimentos que as comercializam ou à rede de assistência técnica autorizada pelas respectivas indústrias, para repasse aos fabricantes ou importadores, para que estes adotem diretamente, ou por meio de terceiros, os procedimentos de reutilização, reciclagem, tratamento ou disposição final ambientalmente adequado. (CONAMA, Resolução nº 257/99).

Reciclagem de Pilhas e Baterias:
A reciclagem de pilhas envolve geralmente três fases: a triagem, o tratamento físico e o tratamento metalúrgico. O tratamento físico consiste na moagem e posterior separação de constituintes. O tratamento metalúrgico consiste de um de dois processos, consoante a tecnologia adotada pela unidade de reciclagem:
Processo Pirometalúrgico - após a moagem, o ferro é separado magneticamente. Os outros metais são separados tendo em conta os diferentes pontos de fusão. Uma queima inicial permite a total recuperação do mercúrio e do zinco nos gases de saída. O resíduo é então aquecido acima de 1000ºC com um agente redutor, ocorrendo nesta fase à reciclagem do manganésio e de mais algum zinco. Trata-se, portanto, de um processo térmico que consiste em evaporar a temperatura precisa de cada metal para recuperá-lo depois, por condensação.
Processo Hidrometalúrgico opera geralmente a temperaturas que não excedem os 100ºC. As pilhas usadas sujeitas a moagem prévia, são lixiviados com ácido hidroclórico ou sulfúrico, seguindo-se a purificação das soluções através de operações de precipitação ou eletrolise para recuperação do zinco e do dióxido de manganésio, ou do cádmio e do níquel. Muitas vezes o mercúrio é removido previamente por aquecimento.

O Vidro:
Com um quilo de vidro quebrado faz-se exatamente um quilo de vidro novo. E a grande vantagem do vidro é que ele pode ser reciclado infinitas vezes. Em compensação, quando não é reciclado, o vidro pode demorar um milhão de anos para decompor-se.

Reciclável:
• Garrafas
• Potes de Conservas
• Embalagens
• Frascos de Remédios, perfumes, produtos de limpeza
• Copos
• Cacos dos Produtos Citados
• Pára-brisa

Não Reciclável:
• Espelhos
• Boxes Temperados
• Louças
• Cerâmicas
• Óculos
• Pirex
• Porcelanas
• Vidros Especiais (tampa de forno e microondas)
• Tubo de TV

O vidro é obtido pela fusão de componentes inorgânicos a altas temperaturas, e resfriamento rápido da massa resultante até um estado rígido, não-cristalino.
O processo de produção do vidro do tipo sodacal utiliza como matérias-primas, basicamente, areia, barrilha, calcário e feldspato. Um procedimento comum do processo é adicionar, à mistura das matérias-primas, cacos de vidro gerados internamente na fábrica ou adquiridos, reduzindo sensivelmente os custos de produção.
O vidro é um material não-poroso que resiste a temperaturas de até 150°C (vidro comum) sem perder suas propriedades físicas e químicas. Esse fato faz com que os produtos possam ser reutilizados várias vezes para a mesma finalidade.
A reciclagem de vidro significa enviar aos produtores de embalagens o vidro usado para que este seja reutilizado como matéria-prima para a produção de novas embalagens.
O vidro é 100% reciclável, não ocorrendo perda de material durante o processo de fusão. Além disso, cerca de 1,2 tonelada de matéria-prima deixa de ser consumida.
Além da redução do consumo de matérias-primas retiradas da natureza, a adição do caco à mistura reduz o tempo de fusão na fabricação do vidro, tendo como conseqüência uma redução significativa no consumo energético de produção. Também proporciona a redução de custos de limpeza urbana e a diminuição do volume do lixo em aterros sanitários.

Reciclagem do vidro:
Duas das principais dificuldades na reciclagem desse material são a coleta do vidro e sua limpeza para fazer a retirada completa de impurezas (qualquer material que não seja vidro, com exceção do papel que no forno de derretimento do vidro é queimado).
Se o vidro não ficar completamente isento dessas impurezas o produto final não terá boa qualidade.
Alguns tipos de produtos feitos de vidro não podem ser enviados para a reciclagem, pois estes contêm impurezas que são de difícil remoção tornando-os economicamente inviáveis para reciclagem.
Depois da limpeza (o material vai ser limpo mais algumas vezes com o decorrer do processo) o vidro deve ser moído para ser compactado o máximo possível, com o intuito de ser transportado o máximo de vidro possível em um menor espaço.
Existem vários tipos de equipamentos para fazer a moagem do vidro, que difere um do outro é a quantidade que se pode moer em certo tempo, o tamanho que o equipamento deixa o vidro após este ter sido triturado, e o preço é claro.
Depois de o vidro passar pela moagem e se tornar cacos, o material passa por um novo processo de limpeza onde existem "aspiradores" que fazem a sucção de materiais leves que estão juntos com o vidro, como: rótulos de papel plásticos cortiça, etc.
Feito isso o material passa por mais uma purificação, dessa vez feita por indução, onde materiais ferrosos são induzidos e fica somente o vidro.
Pronto. O vidro está preparado para voltar às indústrias de fabricação de vidro.

Determinamos esse tema com base na importância que ele exerce em nosso futuro. A poluição do meio ambiente é uma preocupação mundial, e a reciclagem é vista como um dos melhores meios, e um dos mais acessíveis – pois todos podem reciclar sem maiores gastos – para a amenização ou mesmo resolução desse problema.
O tema envolve muita polemica, pois há vários pontos de vista de como isso deve ser aplicado ao cotidiano das pessoas, como essa ação pode nos ajudar e como torna – lá mais fácil e eficaz.
Através dos dados que serão recolhidos pretendemos reconhecer os problemas encontrados pela população para a prática da reciclagem e do descarte correto de lixo, como por exemplo, pilhas, baterias e equipamentos eletrônicos.

Conscientizar as pessoas de nossa região sobre a importância e a necessidade de reaproveitar os materiais renováveis, e descartar corretamente o lixo que não pode ser reaproveitado.
Observar a importância e influência das escolas para a formação das opiniões das crianças e dos jovens, e como elas podem abordar esse assunto corretamente.
O enfoque da pesquisa centrou-se no tipo de informações e nível de conhecimento sobre a importância da reciclagem, como meio de solucionar os problemas causados pela poluição, passada para os alunos nas instituições de ensino. Além disso, verificamos o nível de preocupação em relação ao futuro relativo a isso.
As crianças e os jovens podem não estar sendo estimulados para a prática da reciclagem, bem como a sua importância, em seu ambiente escolar e familiar.

Desenvolvimento
Pesquisa quantitativa por meio da aplicação de questionário para levantamento de opiniões “surveis”.
2.1.2 Dados a serem utilizados
Os dados utilizados nesta pesquisa são em sua maioria do tipo qualitativo. 2.1.3 População e amostra.
2.1.4 População
Cidadãos das cidades de Pederneiras e Bauru.

2.1.5 Amostra
Trezentas (300) pessoas maiores de dez (10) anos envolvidas no ambiente escolar.

· Escolas públicas
E. E. P. G. Alva Fabri Miranda (50)¹
Colégio Técnico Industrial Isaac Portal Roldán (100)¹
· Escola particular
Centro Educacional SESI 337 (150)¹
2.1.6 Forma de obtenção dos dados
Os dados foram obtidos principalmente através da aplicação de questionários a trezentos alunos do ensino fundamental e do ensino médio. Os questionários foram distribuídos em classes escolhidas pelo responsável da instituição de ensino, de forma que os próprios alunos preenchiam-nos.
Além disso, a prefeita Ivana Maria Bertolini Camarinha e a secretaria do meio ambiente Lazara Gaseta da cidade de Pederneiras foram entrevistadas para o esclarecimento de alguns pontos da pesquisa.
2.1.7 Tratamento dos dados
Cada um dos autores desta pesquisa tabulou no Microsoft Excel parte dos questionários. A partir destes foram criados ROL (quando variável do tipo quantitativa), tabelas e gráficos para cada uma das perguntas feitas.
A partir disso comparamos os resultados obtidos na pesquisa do trabalho com os dados recolhidos com a pesquisa de campo, formamos uma conclusão abrangente contendo as informações das duas fontes de forma simples, prática e de fácil entendimento.

2.1.8 Limitações da Pesquisa
As limitações desta pesquisa estão ligadas principalmente ao tamanho da amostra. Esta é relativamente pequena quando comparada à população. Deste modo, os dados obtidos não devem ser tidos como exatos e conclusivos, pois essa ampla diferença entre as dimensões da amostra e da população aponta uma margem de erro significativa.

2.2.1.1 Idade
Dados relativos à idade da amostra. Apesar de a idade dos entrevistados ter variado entre 11 e 56 anos, está concentrado entre 11 e 20 anos o maior número de entrevistados, idades que, como já dito, São o foco da nossa pesquisa.

Tabela 1 - ROL – Idade

Tabela 2 –Distribuição de freqüência – Idade

Contas


Ilustração 1 - Histograma – Idade
2.2.1.2 Sexo
Procuramos equilibrar a pesquisa de forma que o resultado não fosse prejudicado pela diferença entre sexos sendo assim temos praticamente um empate técnico.

Tabela 3 – Feminino / masculino

2.2.1.3 Cidade
Infelizmente não obtivemos colaboradores proporcionais ao número de habilitantes das cidades pesquisadas, pois as escolas que possibilitaram nossa entrada e recolhimento de dados eram de Pederneiras, portanto a maioria dos entrevistados é da mesma. Porém acreditamos que isso não interferiu nos resultados, pois as cidades não possuem características muito distantes quanto ao tamanho e tecnologia oferecida.

Tabela 4 – Cidades dos entrevistados*

Ilustração 3 – Gráfico de pizza – Cidades

* Sendo outras Agudos, Lençóis Paulista e Duartina.

2.2.1.4 Classe social
A classe social que se destaca é a classe média, consideramos porem que alguns entrevistados de classe alta por vergonha podem ter colocados média e o mesmo com as pessoas de classe baixa. Chegamos a essa conclusão, pois as escolas entrevistadas são de níveis deferentes abrangendo todas as classes.

Tabela 5 – Classe social

2.2.1.5 Nível de escolaridade
Em sua maioria os entrevistados estavam com o ensino fundamental, isso ocorreu, pois grande parte das salas disponibilizadas a nos para a pesquisa eram de ensino fundamental. Porém não houve nenhum entrevistado sem escolaridade, isso pode interferir porem já esperávamos esse resultado, pois focamos a pesquisa em pessoas envolvidas com a área educacional, como já foi dito.

Tabela 6 – Nível de escolaridade

2.2.1.6 Separação do lixo em casa
A maioria afirmou separar o lixo em casa, porem não sabemos se fazem uma separação correta e planejada.

Tabela 7 – Separação do lixo em casa

Ilustração 6 –Gráfico de pizza - Separam o lixo em casa

2.2.1.7 Quais os materiais que separa em casa *
Em nossa pesquisa encontramos o plástico e o vidro como sendo os materiais mais separados em casa, acreditamos que isso acontece pela facilidade de limpa-los e armazená-los. Mas nos surpreendemos pelo fato do alumínio ter assumido o ultimo lugar entre os materiais pesquisados.

Tabela 8 - Quais os materiais separados

* Pergunta feita somente para quem respondeu sim para a questão anterior, múltipla escolha.

2.2.1.8 O destino desse material *
Grande parte dos entrevistados acredita saber o destino desse material, porem não conhecem o caminho percorrido por ele até a sua reciclagem ou reutilização.

Tabela 9 - Conhecem ou não o destino dos materiais separados em casa?

* Responderam a essa questão as mesmas pessoas que responderam a questão anterior
2.2.1.9 Reutilização do material em casa
A opinião dos entrevistados nessa questão ficou bem dividida, mas consideramos que muitos não conhecem a diferença entre reciclagem e reaproveitamento de materiais.

Tabela 10 - Reutiliza os materiais em casa

2.2.1.10 Materiais reutilizados em casa *
Todos os materiais de certa forma foram bem colocados, mas novamente o alumínio ficou em ultima colocação, pois realmente é difícil reutilizá-lo.

Tabela 11 – Materiais reutilizados em casa

*Pessoas que responderam sim a questão anterior, múltipla escolha.

2.2.1.11 Ocupação
Pelo objetivo especifico de nossa pesquisa já esperávamos essa diferença entre os estudantes para os demais.

Tabela 12 – Ocupação dos entrevistados

2.2.1.12 Há reciclagem em algum desses ambientes *
Considerando que a maioria convive em escolas conclui – se que a maioria das escolas entrevistadas reciclam, porém muitos entrevistados podem ter considerados pequenos projetos das escolas como reciclagem.

Tabela 13 – Reciclagem no ambiente de convívio

Ilustração 12 – Gráfico de pizza – reciclagem no ambiente

*Aplica-se apenas aos entrevistados que assinalaram estudo, trabalho, ou ambas.

2.2.1.13 Nível de importância da reciclagem
Grande parte dos entrevistados dá alta importância para a reciclagem, porem não é isso que reflete os números e as observações que fazemos em nosso dia –a – dia.

Tabela 14 – Nível de importância da reciclagem

2.2.1.14 Dificuldades encontradas para a prática da reciclagem*
Nessa questão podemos perceber que os motivos pelos cidadãos não cooperarem com a reciclagem são vario juntos, porem a falta de tempo e maior, pois, com a vida cheia de compromissos não temos tempo de cuidar dos nossos próprios resíduos.

Tabela 15 – Dificuldades para a prática da reciclagem

*Outros apresentaram a opção preguiça, múltipla escolha.

2.2.1.15 Descarta materiais tóxicos devidamente?
As opiniões divididas revelam a pouca informação sobre esse item que chega ate a população.

Tabela 16 – Descarte de materiais tóxicos

2.2.1.16 O que o incentiva para a prática da reciclagem?*
A opinião própria se desenvolve através do que ouvimos e aprendemos, a partir da tabela percebemos que a família e a escola são as grandes influencias, pois da se a importância da abordagem do tema nesses ambientes.

Tabela 17 – Incentivo a reciclagem

2.2.1.17 No seu bairro há coleta seletiva com que freqüência?
Os resultados mostram que há reciclagem constante nos bairros, porém pela nossa pesquisa vimos que na cidade onde ouve maior numero de entrevistados não há coleta seletiva em nenhum bairro, devido a isso acreditamos que os entrevistados confundiram coleta seletiva com coleta de lixo.

Tabela 18 – Freqüência da Coleta Seletiva

2.2.1.18 Reciclagem por classe social.
Podemos perceber que quanto mais baixa a classe menos se pratica a reciclagem, para revertermos essa situação precisamos aumentar o acesso dessas pessoas de baixa renda às informações e projetos oferecidos para essa prática.

Tabela 19 - Reciclagem por classe social – Sim

Tabela 20 - Reciclagem por classe social – Não

2.2.1.19 Reciclagem por escolaridade
Nessa questão a escolaridade não demonstrou muita importância, porém devemos considerar que são pessoas do mesmo ciclo escolar.

Tabela 21 - Reciclagem por escolaridade – Sim

Tabela 22 - Reciclagem por escolaridade – Não

Considerações Finais
3 Considerações Finais
O crescimento de resíduos gerados pela população se deve ao aumento populacional aos produtos industrializados, o aumento do nível de consumo e pouca conscientização da população. Devido a esse aumento os aterros normalmente utilizados para o descarte do lixo não são mais suficientes nos grandes centros urbanos, necessitando-se assim de outra maneira de descartar esse lixo.
A opção mais viável encontrada hoje para a solução desse problema é a reciclagem, pois a mesma tem baixo custo, não prejudica o meio ambiente e não necessita de grande esforço, sendo necessário à conscientização e colaboração de todos.
Para que a reciclagem seja mais pratica e eficiente, as pessoas devem ajudar, separando o lixo em casa. Com nossa pesquisa foi possível observar que 76% dos entrevistados da amostra estão conscientes com esse auxilio que elas podem oferecer.
Dos materiais que mais se separam estão o plástico e o vidro, que pode ser devido à fácil conservação desses materiais e devido a uma reciclagem prática. Porém 38% dessas pessoas não sabem qual o destino desses materiais que foram separados.
Alem da reciclagem, podemos fazer a reutilização de um material que inicialmente é classificado como lixo, 64% dos entrevistados responderam que costumam reutilizar diversos materiais em suas casas, mas devemos considerar que os entrevistados podem não saber a diferença entre eles ( explicada no item 1.2).
Os três principais materiais que costumam ser reutilizados são plásticos e vidros, seguidos do papel.
Com isso, a composição media dos resíduos sólidos urbanos são de maioria, material orgânico, pois estes, como vimos anteriormente, geralmente não são reutilizados, nem separados para alguma recicla.
Na pesquisa, também foi possível observar quais as classes sociais que costumam reciclar. Os resultados foram que 91 % dos entrevistados de classe alta reciclam, seguidos de 68% da classe media e 59% de classe baixa. Com esses resultados, pode se levar em conta que quem tem maior poder aquisitivo tem, não necessariamente mais disposição para a reciclagem, mas sim mais acesso a informação.
Foi também avaliado qual o nível de escolaridade entre os entrevistados e qual nível recicla mais. Os de ensino fundamental e os de ensino médio obtiveram um empate com 69% deles reciclando, enquanto os de ensino superior obtiveram uma pequena diferença, sendo 63% dos que reciclam.
Em 2006, o CEMPRA realizou pesquisas para saber quais são as regiões que mais reciclam no Brasil. Com 53%, a região sudeste obteve mais êxito, seguido de 37% da região sul, e 10 % de outras regiões, indicando mais uma vez que quem tem mais condições, recicla mais.

Recomendações
4 Recomendações
Separando o máximo possível de materiais, estaremos resolvendo vários problemas um deles são os aterros e lixões que estão se esgotando rapidamente, então em alguns anos não teremos, mas aonde colocar nosso lixo, com a reciclagem, muito do que seria jogado para ser decomposto com o tempo, será reciclado e se tornara um material semelhante ou igual ao de origem, economizando energia e matéria prima para a fabricação de outro através da matéria bruta.
Não basta simplesmente reciclar, se a mesma não for feita corretamente não colaboraremos. Primeiro precisamos verificar se o material realmente é reciclável e não uma das exceções (vistas no item 1.2), pois isso dificulta a triagem nas em presas ocasionando perda d material. Sendo o material realmente reciclável deve ser feito uma limpeza correta do mesmo, verificando se não há restos de alimentos ou mistura de materiais, alem desse material não servir para a reciclagem ele também contamina outros que eventualmente estão apropriados para a reciclagem, a limpeza e separação desses materiais contaminados aumentariam o custo da reciclagem tornando-a inviável. O correto armazenamento do lixo evita a criação de animais que podem contrair doenças, portanto a limpeza do mesmo é questão de higiene.
O descarte incorreto ocasiona a contaminação do meio em que ele esta, deve-se ter muito cuidado principalmente com pilhas e baterias, que possuem metais pesados, que são de extrema periculosidade para o meio ambiente e para a saúda dos animais e humanos. A melhor forma de se descartar esse tipo de material é levando-o em postos de coleta.

5 Imagens

Imagem 1 - Incêndio criminoso em lixão.


Imagem 2 - Senhora secando sacolas plásticas para reutilizá-las.


Imagem 3 - Pessoa coletando materiais para vender.


Imagem 4 - Lixão envolto por urubus.


Imagem 5 - Obra de arte feita com materiais que seriam descartados no lixo.


Imagem 6 – Aglutinador


Imagem 7 – Forno Rotativo


Imagem 9 – Máquina Injetora


Imagem 11 – Triturado de Vidro


Imagem 10 – Prensa Enfardadeira


Imagem 8 – Máquina Extrusora

Referências
CEMPRE, Compromisso Empresarial para a Reciclagem. A Reciclagem do Lixo como Oportunidade de Negócios.
http://www.cempre.org.br/pequenas_empresas.php. acessado em março de 2009.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10004 - Classificação de Resíduos. Rio de Janeiro, 2004.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saneamento Básico, 2000.
MONTANARI, R. L. A Realidade sobre os Resíduos Sólidos Domiciliares em uma Cidade Brasileira. XIV SIMPEP Bauru, 2007.
SILVA, M. R. N. da. RESÚDUOS SÓLIDOS URBANOS: um estudo voltado à prática educativa. 2001. 170 F. Dissertação (Mestrado em Educação para a Ciência, Área de Concentração: Ensino de Ciências) – Faculdade de Ciência, Câmpus de Bauru, Universidade Paulista “Júlio de Mesquita Filho”.
Compam - Comércio de Papéis e Aparas Mooca Ltda © 1999 - 2008
http://www.compam.com.br atualizado em 13/10/08 acessado em 04/09/09.
Natural Limp
http://www.naturallimp.com.br/br/coleta/coleta.php acessado em 06/06/09.
Processo de reciclagem
http://br.geocities.com/reciclebrasil/processo.htm acessado em 01/10/09.
Processo de reciclagem de plástico
http://www.setorreciclagem.com.br/modules.php?name=News&file=print&sid=236 acessado em 20/04/09.
Reciclagem de Pilhas e Baterias
http://www.supercarloshp.hpg.com.br/pilha.htm acessado em 04/10/09.

Questionarios Geral

Questionário Aplicado nos prefeitos da Cidade de pederneiras e Bauru
1 – Ao assumir a prefeitura havia coleta seletiva nos bairros do município?
2 – Hoje a reciclagem é realizada? De que forma? Em quais pontos do município?
3 – Quais são os planos para implementar a coleta seletiva em toda a cidade? Como isso acontecera?
4 – Quais são as dificuldades enfrentadas pela prefeitura para implantar o plano de governo?
5 – Como ambientalista, qual é a sua opinião sobre essa questão?
6 – O que se refere a essa questão, existe algum projeto na área da educação?
7 – Em sua opinião, a criação de uma lei municipal para incentivar a reciclagem ajudaria?

Anexos

ANEXO A – Projetos de Conscientização - Reciclar na Escola
O Reciclar na Escola, implantado em março de 2008, está transformando a questão do lixo em um tema de sala de aula. O projeto, desenvolvido em conjunto pela CODECA - Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul e as secretarias da Educação (SMED) e Meio Ambiente (SEMMA), ensina os alunos a separar o lixo orgânico dos resíduos seletivos e busca conscientizar as crianças sobre a importância de preservar a natureza.
O programa atinge as 89 escolas municipais. Os mais de 37 mil estudantes da rede pública de ensino de Caxias do Sul aprendem como reciclar os resíduos, como plásticos (copos, garrafas PET, sacolas), metais (latinhas de bebidas e enlatados em geral), vidros (copos, garrafas e potes) e papéis (papelão, jornais, revistas, folhas e cartazes), através da capacitação feita pelos coordenadores pedagógicos das escolas. Os alunos têm a missão de levar a idéia para suas casas, repassando as informações para familiares e vizinhos.
Lançado pelo prefeito José Ivo Sartori e o diretor-presidente da Codeca, Adiló Didomênico, no início do ano letivo de 2008, o Reciclar na Escola envolve os coordenadores pedagógicos, professores e diretores das escolas municipais. Os coordenadores foram capacitados, em palestra realizada por técnicos da CODECA e Secretaria do Meio Ambiente, para que possam ensinar e auxiliar os estudantes no aprendizado. São eles que tiram as dúvidas dos alunos e desenvolvem o programa no dia-a-dia.
Além da capacitação das coordenadoras pedagógicas, as escolas receberam cartazes, um CD com informações sobre a separação correta e uma faixa promocional do Reciclar na Escola. No começo de abril, foram distribuídos nas escolas contêineres amarelos, para os resíduos seletivos, e contêineres verdes e lixeiras especiais, para o lixo orgânico.
Os alunos, por sua vez, ganharam folders explicativos e adesivos. Receberam, também, a missão de separar corretamente o lixo e de divulgar a importância da reciclagem para a comunidade.
Fonte: http://www.codeca.com.br/servicos_projetos_reciclar_na_escola.php acessado em 03/09/09

Ao fim de um dia comum, cada brasileiro produz, em média, 1 quilo de lixo. Em setenta anos de vida, serão cerca de 25 toneladas de resíduos. Somando o descarte de todos os brasileiros, o monturo diário chega a 170 000 toneladas, o suficiente para encher 1,7 milhões de sacos de lixo grandes – quase um Pão de Açúcar – ao fim de um ano. Dessa montanha de sujeira, 65% são formados por matéria orgânica pouco aproveitada, que poderia ser transformada e aplicada na agricultura e na produção de energia. O restante é composto de vidro, plástico, papel e metais, materiais recicláveis que demoram centenas de anos para desaparecer totalmente da natureza ou são tóxicos ou nocivos ao ser humano. Todo esse montante é depositado, na maioria dos casos, em áreas pouco apropriadas, poluindo o meio ambiente. Há caminhos para diminuir a montanha de lixo. Eles combinam, além da coleta, seleção, reciclagem, compostagem, tratamento e destino adequados.
Os resíduos das cidades são de responsabilidade das prefeituras. O ideal seria que investissem em aterros sanitários – áreas com infra-estrutura, em formato de piscinas gigantes, com solo impermeável em que o lixo é depositado e coberto com camadas de terra. Nesses locais, o líquido resultante da decomposição orgânica, o chorume, não contamina o terreno. Ao mesmo tempo, há tratamento adequado dos gases emitidos pelo lixo. Geralmente, os governos municipais só têm recursos para criar e monitorar poucas áreas controladas, sem a mesma sofisticação dos aterros. Boa parte do lixo urbano do país acaba mesmo em lixões clandestinos e que ficam a céu aberto. Alguns países europeus, com pouco espaço para o armazenamento dos resíduos, dão exemplos que podem ser seguidos. A tecnologia de compostagem do lixo orgânico doméstico para transformá-lo em adubo está bastante avançada na Itália. Em vez de espalhar os detritos em uma área ao ar livre, revolvendo a terra para que o lixo se transforme em fertilizante, foi desenvolvida uma técnica em que o lixo é colocado em células de concreto. Elas recebem oxigênio para "alimentar" as bactérias e acelerar o processo de decomposição. Resultado: em um mês o composto está pronto para o uso na agricultura. "O problema é que o lixo brasileiro vem cheio de pedaços de plástico e vidro. Não dá para usar como fertilizante", diz o diretor da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais, Tadayuki Yoshimura.
Esse é um problema sério. A separação de plásticos, vidros e papel que acontece no Brasil se deve muito mais ao trabalho de catadores de lixo do que a conscientização ambiental. O Brasil é campeão mundial na reciclagem de alumínio e papelão: cerca de 80% do total descartado volta para as indústrias, principalmente pelo trabalho de milhares de catadores. O objetivo do governo e de algumas entidades ambientais é fazer com que as classes média e alta também se preocupem com o assunto e se envolvam na reciclagem. Em uma série de campanhas, redes de supermercados estimularam a separação de garrafas de refrigerantes de plástico, que foram trocadas por cupons de descontos. São ações isoladas, mas dão resultados: no ano passado, 33% das 270 000 toneladas de resina usada em vasilhames tipo PET vieram de reciclagem. Uma prova de que acabar com lixo não é apenas uma questão de qualidade de vida, mas também pode ser um negócio lucrativo.
Fonte: Veja – Ecologia – Dezembro de 2002 lido em 10/03/09

Resumo:
O brasileiro produz por dia cerca de 1 kg de lixo, ao longo de setenta anos, será cerca de 25 toneladas de lixo. A maior parte desse lixo, 65 %, é de matéria orgânica não aproveitada. O restante do lixo é composto de vidro, plástico, papéis e metais que são materiais recicláveis que demoram anos pra se decomporem sozinhos na natureza. Essa montanha de lixo pode ser diminuída se as matérias recicláveis forem recicladas e se o lixo orgânico fosse usado na agricultura como adubo e eles também deveriam ser usados como combustível para fabricar energia elétrica.
As prefeituras deveriam construir aterros impermeáveis, assim, o chorume (líquido resultante da decomposição), não contaminará o solo e também utilizarem o tratamento dos gases emitidos da queima dos materiais. Outro problema é que o lixo reciclável vem junto com restos de comida, impedindo a reciclagem e outros métodos de reaproveitamento.
A reciclagem também é um negócio lucrativo, sendo que as indústrias não têm de pagar pela matéria-prima outra vez.
O problema aqui no Brasil, é que muitas pessoas não têm consciência que o lixo deve ser lavado, porque se colocarem junto com restos, não ajudará em nada.

ANEXO C – Portal G1
É difícil encontrar alguém hoje que ignore os benefícios da reciclagem para a preservação do planeta. O que poucos parecem saber, no entanto, é que se o lixo não for separado na fonte (ou seja, em casa) e levado separado até a hora de reciclar, os benefícios na prática podem se perder.
A grande vantagem de reciclar é poupar a produção de um novo material. Cada vez que se reutiliza um papel, se evita a derrubada de árvores. Cada vez que se reutiliza um plástico, se evita o uso de petróleo. Isso não quer dizer, no entanto, que a poluição do processo de reciclagem seja zero. Ela simplesmente, na ponta do lápis, polui menos.
Segundo os especialistas, até 90% de todos os materiais usados pela indústria podem ser reciclados. As exceções existem porque alguns produtos não compensam ou financeiramente ou ambientalmente. Fraldas descartáveis, por exemplo, causam mais poluição quando são recicladas do que quando são produzidas.
O mesmo é verdade se o material original não estiver muito danificado. O que se garante, com a separação do lixo na fonte. “Quando o resíduo é separado e isolado, a contaminação é reduzida e isso torna tudo mais fácil na hora de reciclar. É por isso que na reciclagem o resíduo de mais valor é o industrial, que é separado com rigor”, explicou ao G1 o engenheiro ambiental Sandro Donnini Mancini, da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
Se o lixo não é separado adequadamente, a contaminação dificulta a reciclagem e pode deixar ela cara demais ou poluente demais. Papéis sujos, por exemplo, precisam de muito alvejante para ficarem brancos. Alvejante que é um poluente. Dependendo do estado do material original, reciclar pode fazer mais mal do que bem.
Para comprovar isso na prática, Mancini realizou uma pesquisa onde retirou sacolinhas plásticas de um aterro sanitário e as separou para reciclagem. Já na pesagem o problema se mostrou: 40% do peso das sacolinhas não eram plásticos, mas sujeira. “Antes de reciclar, é preciso limpar. Isso vai gastar detergente. Dependendo do estado, não compensa”, diz ele.
O engenheiro recomenda que todas as cidades procurem ter coleta seletiva de lixo para reciclagem obrigatória. Mas entende porque isso não é uma prioridade em muitos municípios. “O Brasil é um país cheio de problemas sociais, então é justificável que os prefeitos prefiram se concentrar em outros problemas, como saúde e educação”, afirma. “Mas é preciso tomar consciência também que o lixo é um problema sério, que também afeta a saúde. Reciclar faz bem para o meio ambiente e para a saúde da população”.
“É preciso mudar o discurso. Em vez de “separe o lixo”, nós deveríamos pensar “não misture o lixo”. Não sei como nenhuma das empresas que produzem cestos de lixo para uso doméstico mobilizou-se até agora para produzir cestos diferenciados como os que facilmente se encontra na Alemanha e provavelmente por toda Europa.”
Fonte:http://www.setorreciclagem.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=667&mode=thread&order=0&thold=0 acessado em 03/03/09

Resumo:
A reciclagem gera muitos benefícios para o planeta, mas devemos fazê-la de maneira correta. A mesma deve começar nas casas evitando que ele seja contaminado e sua pratica seja comprometida preciso mudar o discurso. Em vez de “separe o lixo”, nós deveríamos pensar em “não misture o lixo” dessa forma o risco para a sua contaminação é muito menor.
Reciclando diminuímos a produção da matéria prima, o que é muito importante para recursos que são renováveis, 90 % dos materiais pode ser reciclado, exceto alguns materiais onde sua reciclagem não compensa por ser muito cara ou mesmo mais poluente.
A reciclagem deve ser considerada como problemas sociais de mesma importância como os da saúde e educação, pois a reciclagem não faz bem somente ao meio ambiente, mas também para a saúde humana, portanto toda cidade tem como dever ter a coleta seletiva como obrigatória.